Quem aqui ama frequentar um brechó levanta a mão! Sou suspeita para falar porque eu mesma tenho um que aos poucos vai conquistando seu público. Mas você sabe a história por trás desse empreendimento? Não?! Então vem comigo que vamos aprender juntos!
A compra de roupas e produtos usados é uma prática bem antiga. No subúrbio da capital francesa Saint Quen, por volta de 1900, já existiam feiras de trocas. No entanto, foi na Europa que os brechós começaram a adquirir popularidade. As feiras aconteciam ao ar livre e como as peças eram usadas e não se tinha muita preocupação com a higiene, animais como pulgas não eram incomuns, daí veio a origem do nome “mercado das pulgas”.
As primeiras lojas com peças de segunda mão surgiram no século XIX e se tornaram populares com as crises pós 1º e 2º Guerras Mundiais, principalmente através da Cruz Vermelha com a venda de produtos doados a preços bem acessíveis. Desde então, não perderam seu apelo, fossem para ajudar aos pobres, ou como forma de vender produtos a baixo custo.
No Brasil, a origem do nome brechó aconteceu no Rio de Janeiro, no século XIX um homem de nome Belchior criou a primeira loja de roupas e objetos de segunda mão. A popularidade fez com que o nome Belchior fosse associado a estabelecimentos que vendiam produtos antigos e usados, sendo conhecido como “Casa de Belchior”. Como muitas pessoas tinham dificuldade em pronunciar o nome do vendedor, a loja passou a ser chamada de brechó.
A loja era tão famosa que apareceu em um dos contos de Machado de Assis, “Idéias de Canário”, onde o protagonista logo no início adentra um estabelecimento chamado “belchior”:
[…] sucedeu que um tílburi à disparada, quase me atirou ao chão. Escapei saltando para dentro de uma loja de belchior. A loja era escura, atulhada de cousas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio.
BRECHÓ: UM MERCADO QUE SÓ CRESCE ANUALMENTE
Em uma pesquisa publicada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), o mercado de roupas usadas irá ultrapassar o mercado de roupas novas em 2024, assim como o valor de fast fashion até 2030. A utilização de itens de segunda mão é mais do que um hábito, é uma mudança de vida.
Você já conhecia a história por trás dos brechós? Costuma comprar em brechós ou em redes fast fashion? Comenta aqui embaixo!
5 Comentários
Que demais saber da história por trás de um empreendimento tão importante.
ResponderExcluirEu amo brechós também
Ainda não conhecia a história... adorei saber. Fico feliz em ver que a tendência é que o consumo em brechós aumente nos próximos anos, fazendo essa corrente linda que é a moda circular ❤️
ResponderExcluirMuito show esse modelo de conteúdo!
Abraço forte
https://falacatarina.com/
Que post mais interessante e cultural. Gostei de conhecer mais do termo e dessa ideia.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
UAU! Sério, isso foi muito interessante pq eu não fazia a menor ideia da origem dos brechós, eu amei essa curiosidade. E mais ainda saber que "belchior" virou "brechó" pra simplificar pro povo brasileiro, hahahaha.
ResponderExcluirMaravilhoso!
Beijos,
Livro de Memórias
Uau! Eu não conhecia a história e achei super legal você trazer a informação <3
ResponderExcluirAdoro comprar em brechós. Além de ser mais barato, ultimamente as peças de fast fashion tem sido caríssimas e de baixa qualidade (diferente de roupas que conseguimos encontrar fazendo um bom garimpo).
Estante da Pipoca