AUTOCONHECIMENTO: COMO TEM SIDO MINHA EXPERIÊNCIA?

Um belo dia, enquanto estava na cama tentando dormir, me fiz a pergunta: “quem sou eu?”. E sabe o que aconteceu? Absolutamente nada, porque nesse dia eu descobri que não tinha certeza de quem era. Comecei a rir da situação porque apareceu um grande vácuo sobre tudo aquilo que eu pensava que era. Não havia imagens, palavras ou formas de definir quem eu era (quem sou!).

Foi depois desse grande vácuo que eu resolvi iniciar a minha jornada de autoconhecimento. Onde fui descobrir qual era a sensação de saber quem sou, dos meus gostos, poder me entender e compreender, sem esperar que as pessoas ao meu redor fizessem isso por mim.

Confesso que não tem sido um momento fácil. Parece que me negligenciei durante muitos anos, sem realmente parar um pouco e olhar para mim mesma, buscar respostas para todas aquelas perguntas que me rondavam.

COMO FIZ PARA ME DESCOBRIR?

Bom, algo que entendi sobre mim mesma é que sou uma pessoa muito visual. E isso em muitas áreas, por exemplo, na área profissional eu gosto de acompanhar de perto tudo o que minha equipe está fazendo, coordenando, colhendo ideias, ajustando processos, eu fico em cima para saber como está indo o processo e se está de acordo com o que a operação precisa, já na área pessoal eu gosto muito de escrever, e é dessa forma que vou acompanhando o processo, monitorando meus projetos pessoais, fazendo anotações e planilhando as etapas (aquele check maroto!).

Então se sou muito visual nesses quesitos o que posso fazer para me ajudar com o processo de autoconhecimento? Um Diário de Autoconhecimento, onde abro páginas específicas para cada entendimento que preciso, dentro dessas páginas faço listas, textos, da minha forma vou escrevendo quem sou, e nesse processo consigo encontrar outras características minhas que passam despercebidas. Funciona muito bem (para mim)!

A minha primeira página foram as características negativas. Os defeitos são os que mais doem, porque nós nem sempre queremos aceitá-los ou entendê-los. Clarice Lispector tem uma frase que gosto muito e diz assim: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nós nunca sabemos qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. E quando comecei a descrevê-los, um por um (de tudo o que já havia percebido em mim), comecei a sentir um certo orgulho (porque sim! Eu sou uma pessoa muito orgulhosa) de ter que encara-los como nunca precisei encarar antes. Doeu de início, mas foi passando com o tempo.

Coloquei tudo naquele bloco de notas, tudo o que já rondava a minha mente há muito tempo, e que mesmo eu pensando que não estava mais lá… Bem, estava tão vivo quanto esteve antes.

Foi então que comecei a anotar as minhas características positivas. “Ah Karol! As qualidades são muito fáceis de encontrar”, você deve estar pensando. As qualidades, tanto quanto os defeitos, foram um desafio para mim. Porque é verdade quando dizem que a gente nunca se vê sendo bom em alguma coisa, por mínima que seja (como por exemplo, cozinhar). Buscar em mim as minhas qualidades, não com a perspectiva dos outros, mas com as minhas mesmas, foi um desafio em tanto. E com um pouco de paciência fui aos poucos encontrando uma por uma.

O QUE O AUTOCONHECIMENTO TEM ME ENSINADO?

Me conhecer, se aprofundar em mim mesma, tem me ensinado a mudar muito daquilo que eu achava que era certeza e não passava de uma opinião mal elaborada.

Tem me feito encontrar novos gostos e querer viver outras experiências, além de me fazer enxergar a vida com outra perspectiva. Me conhecer tem me deixado saudável, não para o mundo externo, mas para meu mundo interno.

Confesso que meu relacionamento comigo mesma tem melhorado. Depois de muito choro e de muita confusão interna, é bom ter pequenos momentos de paz.

Me conhecer tem me ajudado com as metas que tenho já para o ano que vem e as que finalizo esse ano, e eu consigo ver que estou caminhando. É como dizem “melhor 1% feito do que nada feito”, e eu me sentina estagnada sem saber como me movimentar. Agora eu tenho que planejar, porque se não com o excesso de criatividade e ideias que estão vindo eu não caminho.

Tenho gostado mais da sensação de estar comigo mesma, de me sentir bem em minha própria companhia, de entender mais meus jeitos e minhas manias, e olhar para essa imensidão que sou com carinho e empatia.

Me conhecer tem me ensinado muitas coisas e uma delas é a não me perder mais.

Por aí como anda o processo de se conhecer?


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3 Comentários

  1. Isso é primordial para a gente se aceitar como somos. Adorei o texto.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Amei o seu relato! Realmente é muito difícil falar das nossas qualidades, mais do que nossos defeitos, pois nos cobramos demais.
    Gostaria de saber mais sobre seu diário, se você responde perguntas específicas, ou escreve o que dá na telha, os momentos que analisa e etc. Acho que seria bacana fazer um.

    Estante da Pipoca

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  3. Oi Karolini!

    Autoconhecimento é que nem aquela faxina pesada que está a muito tempo pra ser feita. Primeiro você bagunça tudo, para depois ir arrumando e limpando parte por parte. É tirar coisas de nós que não fazem mais sentido, ressignificar várias coisas, se frustrar pq o processo está demorando e ficar exausta em vários momentos.

    Mas sabe, não tem sensação melhor do que quando você percebe que a faxina deu resultado e agora o ambiente está bem mais fluido.

    Adoreiiiii teu post e a coragem sobre escrever sobre esse vácuo que você sentiu. Se abrir dessa maneira não é tão fácil e torço para que cada vez mais você consiga encontrar um pedacinho seu que ficou perdido pelo caminho.

    Abração!

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