O QUE BECKY BLOOM PODE NOS ENSINAR SOBRE CONSUMO CONSCIENTE

Baseado no livro de Sophie Kinsella, Os delírios de consumo de Becky Bloom vai contar a história de Rebecca. A jovem possui um sonho de trabalhar para uma renomeada revista de moda, mas o que ela consegue é se tornar colunista em uma revista de economia. O que se torna a maior ironia da sua vida, porque Rebecca é uma compradora compulsiva, e está prestes a arruinar a própria carreira e vida pessoal.

Tudo bem, nossa personagem da vez é uma compradora compulsiva, que não sabe a hora de parar de comprar. Mas será que a falta de racionalidade da personagem em comprar estaria tão longe assim da realidade de muitos de nós? Talvez não. Podemos não ser compradores compulsivos, mas com certeza estamos longe de sermos os mais conscientes.

O que podemos pensar de consumo consciente? Bom, de acordo com o Mr. Google: consumo consciente é a prática de repensar os hábitos de consumo promovendo um estilo de vida mais sustentável e equilibrado. Trata-se de consumir de forma responsável, considerando o impacto positivo e negativo que nossas escolhas provocam no meio ambiente, na economia e na sociedade.

E o que isso tem a ver com Sophie Kinsella e sua obra? Tem tudo a ver. Rebecca é mais um indivíduo como nós: classe média, em busca do emprego dos sonhos, muito inteligente, terrível em gerir as próprias economias, que toma atitudes equivocadas, mas que está aprendendo com os erros, que na infância não teve tudo o que queria, mas o necessário jamais faltava, e por isso na vida adulta acredita que deve comprar tudo o que lhe agradar, no fim das compras se sente insatisfeita e não usa metade do que tem (em sua maioria são tudo roupas). Será que somos tão diferentes dela? Talvez sim, talvez não. Mas a questão é que a jovem acredita que o ato de comprar trará satisfação, realização e no fim o vazio permanece.

Para nos tornarmos compradores conscientes é necessário praticarmos o autoconhecimento, e isso não é do dia para a noite, nos entendermos e aceitarmos é a parte difícil da vida adulta. Convenhamos que ninguém quer olhar os próprios defeitos, entender porquê se tornou o que é, e nisso Rebecca enfrenta o filme todo. Afinal ela não cansa de mentir para si mesma, e para todos que querem seu bem, sobre ser compradora compulsiva, o problema cresce e ela reluta com ele, em enxergar a realidade. O descontrole de sua vida é tanto que em determinado momento ninguém mais consegue ajudá-la e por vezes nem ela própria consegue. Ao fim, é como aquela frase: você precisa arrancar a casca de uma vez só e deixar doer para então cicatrizar direito.

Para sermos compradores conscientes é necessário aprendermos a gastar com aquilo que faz sentido para a gente. Será que comprar uma roupa diferente a cada esquina faz sentido? Será que ter um guarda-roupa com peças que nem vai usar faz sentido? Será que ter tanto o que escolher faz sentido? Rebecca não sabe o que faz sentido, ela compra por impulso, movida por emoção e compulsão, não há racionalidade e entendimento se aquilo faz sentido para ela. Comprar com clareza e racionalidade evita gastarmos com o que não fará sentido e no fim será apenas mais do mesmo.

Para nos tornarmos compradores conscientes é necessário gerir nossas finanças entendendo que não devemos gastar mais do que ganhamos. Acho que nunca se falou tanto em aprender a fazer planejamento financeiro quanto falamos hoje em dia (aprendemos com nossos pais). No caso de Rebecca os seus pais sempre economizaram e só adquiriram aquilo que fazia sentido e estava dentro do poder de compra deles. Claro que uma criança não vai entender isso, talvez tenha faltado diálogo de seus pais explicando a importância de comprar de acordo com seus ganhos, e a importância de montar uma reserva. Mas a questão é que Rebecca não aprendeu com os pais e seu consumo desenfreado a fez se atolar em dívidas e mais dívidas até que… Bom, até que um belo dia a cobrança veio. E nós sabemos bem que não há como fugir dos boletos.

No final a solução era simples: desapegar de tudo o que tinha, montar um bazar e então conseguir todo o capital para quitar as dividas que havia em seu nome.

Claro que na vida real as coisas nem sempre serão tão simples assim de se resolver, afinal para alguns de nós pode se tornar uma tarefa difícil ter que desapegar daquilo que adquirimos.

Mas e por aí, como anda sua relação com o consumo? Já assistiu ao filme ou leu ao livro? Teria algo mais a acrescentar? Comenta aqui e vamos conversar!

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9 Comentários

  1. Oi Karol, tudo bem? Quanto tempo não passo por aqui... Seu novo layout está sensacional!
    Gostei muito do seu post também, infelizmente eu só não sou compradora compulsiva pq quase nunca tenho dinheiro na conta e não gosto de gastar no cartão de crédito.
    Me despertou também a curiosidade de assistir ao filme.
    Beijos...
    O Blog mudou de nome :)
    https://aleatoriedades06sa.blogspot.com

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    1. Oi Sabrina!
      Muito obrigada!
      Bom, então concordamos, eu também não gosto de utilizar o cartão de crédito. E não sou compradora compulsiva huahuahua Mas já comprei muito mais por emoção do que por razão de se era algo em que eu gostava e me sentia bem.

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  2. Eu somente compro o necessário e sou bastante economista. Tenho o que me é suficiente e útil para a vida. Gostei muito dessa reflexão que fez aqui no post.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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    1. Emerson, pensar sobre consumo é entender que menos é mais, certo?
      Adorei o seu jeito de ser economista!

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  3. Fiquei interessada em assistir ao filme, achei a temática bem diferente e no caso importante.
    Eu acredito ser bem tranquila em relação ao consumismo, mas sei que tem muitaas pessoas que extrapolam e que vira até um problema muito maior.
    Acho que o erro não é comprar, na verdade tudo é questão de equilíbrio.

    https://www.heyimwiththeband.com.br/

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    1. Saber comprar...
      Entender o que é necessário ou o que usaríamos...
      Falou tudo Valéria: é tudo uma questão de equilibrio!

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  4. Oi Karol,

    Eu nunca assisti esse filme, acredita? Mas embora eu não esteja comprando um montão de roupa de grife, eu já estive nesse lugar de não voltar pra casa sem roupas novas. Hoje melhorou muito, mas eu estou lidando com minha compulsão por comprar e entendendo que o consumo compulsivo vai além de comprar roupas. A gente precisa entender de onde vem esse desejo de comprar coisas porque se só tratar o lado da moda, vai ficar viciada em comprar produto de limpeza, ou qualquer outra coisa...
    Gosto muito dos assuntos que você traz porque estão me apoiando no meu propósito desse ano de reduzir essas comprar por impulso e sem propósito.

    Obrigada por trazer essa discussão.

    Um beijo!

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    1. Aline, falou tudo!
      A questão é entender o que acontece com nossos hábitos que se tornam compulsão, e apesar de falar de moda por aqui, acredito que podemos levar para muitas áreas da vida!
      Obrigada pelo seu feedback! Dessa forma sei que estou indo pelo caminho certo na hora de trazer conteúdos para cá!

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  5. Não conhecia a obra, mas acho que você conseguiu sintetizar muito bem a história e as lições que podemos tirar delas.

    Recentemente, comprei um curso de finanças para mulheres, e vejo isso, o quão faz falta a educação financeira na infânica. Eu vivi a mesma situação da personagem: classe média, não me faltava o essencial, mas minha mãe sempre deixou claro que não tinha condições de comprar tudo.
    Diferente dela, fui aprendendo sobre escolher com o que gastar -- mesmo que sozinha --, e minha avó sempre me disse para guardar dinheiro para o futuro. Mesmo assim, sinto que uma educação financeira de qualidade faz muuuita falta.
    Ter consciência sobre o nosso dinheiro e o poder que temos com ele interfere em tudo na nossa vida (afinal, precisamos do dinheiro pra viver), na questão do consumo consciente e até da nossa autoestima.

    Adorei o post!

    Estante da Pipoca

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