A Netflix já soltou em suas páginas oficiais as próximas produções que virão nesse mês de julho e uma delas, lançada na sexta-feira (3) em sua plataforma, está dando o que falar: Warrior Nun.
A produção que mistura drama, fantasia e ação na medida certa é uma criação de Simon Barry e foi inspirada na HQ Warrior Nun Areala, publicada na década de 90. A trama vai contar a história de Ava, uma garota que acorda em um necrotério sem saber como foi parar lá.
Ava é atacada por um grupo de criminosos e acaba descobrindo que acordou com super poderes. Sem saber o que aconteceu, Ava decide aproveitar a nova chance que recebeu e viver a vida de uma adolescente normal como tanto sonhou antes: liberdade, podendo andar, pois a menina perdeu o movimento do corpo quando sofreu um acidente aos sete anos e fora abandonada em uma orfanato católico, fazer novos amigos e quem sabe um namorado.
No entanto, ela possui algo que a transforma em muito mais do que uma simples garota normal, fazendo-a ser recrutada pela Ordem da Espada Crucificada: uma organização secreta da Igreja Católica que transforma freiras em habilidosas caçadoras de demônios.
A garota é obrigada a escolher entre aproveitar a liberdade pela primeira vez ou lutar em uma guerra fria contra o Inferno.
A primeira temporada conta com 10 episódios, com duração mínima de 40min cada, e deixa o telespectador sempre querendo um pouco mais do que está por vir e acontecer.
WARRIOR NUN AREALA (HQ): CRITICAS E POLÊMICAS
Como dito anteriormente, no início do texto, a série é baseada na HQ criada por Ben Dunn e publicada ainda na década de 90. Warrior Nun Areala conta a história da irmã Shannon Master, uma religiosa da Ordem da Espada Crucificada, um braço fictício da Igreja Católica.
A história vai acompanhar Master em sua transformação. A freira acaba se tornando o avatar de Areala: uma guerreira que de santa não tem nada.
Desde a época de sua publicação a HQ recebeu muitas críticas do meio religioso, condenando assim a utilização de símbolos e rituais religiosos de uma maneira violenta e sexualizada. Por outro lado, também foi acusada de mostrar a religião de forma heroica e otimista, descartando todo o passado de atrocidades cometidas em nome de Deus no decorrer dos séculos.
WARRIOR NUN – SÉRIE: NÃO É CÓPIA DA HQ
É verídico que a série também visa fazer críticas a igreja e sua ética (ou a falta dela). Mas não há nada sexualizado e nem violento. A personagem Ava consegue cativar a audiência por toda sua desenvoltura. Durante a primeira temporada nós somos levados a enxergar através de sua perspectiva: uma garota que começa a aproveitar as coisas pela primeira vez e se deslumbra com tudo muito rápido e muito fácil.
Mesmo com sua falta de responsabilidade ou melhor, com sua vontade grande de fugir de toda responsabilidade e viver a vida, nós ainda somos levados a sermos empáticos com sua condição, e é muito gostoso ver todo o processo de aceitação e confiança que a menina começa a desenvolver dentro de si mesma e com suas companheiras.
As cenas de lutas são muito bem ensaiadas e o figurino ficou impecável, transformando as freiras em verdadeiras combatentes do mal. Mesmo que a HQ e a série não sejam cópias fieis uma da outra, há relatos que alguns diálogos foram copiados para a série.
Com toda certeza é notório os pontos críticos feitos em relação a Igreja e sua ética e moral com o povo. As cenas foram filmadas na Espanha e não há como não se encantar com alguns cenários presentes na série.
Cheia de reviravoltas e ação o último episódio termina nos fazendo desejar uma segunda temporada para sabermos como tudo irá se desenrolar. Esperamos que a recepção positiva em relação ao enredo continue subindo e assim a Netflix possa nos presentear com uma segunda temporada ano que vem.
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