FAST FASHION: A POPULARIZAÇÃO DA MODA RÁPIDA E SEUS IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS


Tudo começou em 1970, em meio a crise do petróleo, surgindo um modelo de produção que visava o lucro e a democratização da moda, com roupas mais baratas, produzidas em tempo recorde e em maior escala, mais tarde (1990) chamado de Fast Fashion.

Com a proibição do comércio de Petróleo para os EUA e alguns países europeus, as empresas têxteis inventaram uma estratégia para sair da crise e conseguir escoar a produção. Foi dessa forma que o Fast Fashion ganhou tanta popularidade em meio aos consumidores e os fabricantes.

Até aqui nós já podemos perceber que o Fast Fashion é um modelo onde os produtos são consumidos, fabricados e descartados constantemente e com muita rapidez.

Apesar de alguns benefícios que pode trazer ao mercado, como maior rentabilidade, geração de empregos e produtos a custo acessível, é necessário olhar para o sistema com responsabilidade, ciente dos impactos que pode causar no meio ambiente e nos hábitos de consumo.

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POR QUE O FAST FASHION É TÃO POPULAR?

Geralmente, os designs de fast fashion são “dupes” - um termo utilizado nas redes sociais para roupas inspiradas (e muitas vezes copiadas) de looks luxuosos feito por celebridades e criadores de tendências, e exibidos em passarelas de estilistas de Nova York a Paris.

E o objetivo das marcas e fabricantes é colocar esses designs nas mãos dos consumidores enquanto as roupas ainda estão no auge da popularidade e a preços muito acessíveis.

Devido a rápida fabricação de peças que logo viram tendências e entram no gosto popular, os consumidores passam a ser instigados a comprar e adquirir as novidades que os grandes varejistas da moda trazem. O sentimento que fica é que sem aquela peça não estarão na moda e o que está no guarda-roupa acaba se tornando obsoleto.

QUAIS OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR COM A MODA RÁPIDA?

Peças fast fashion são utilizadas menos de cinco vezes e geram 400% mais emissões de carbono do que peças comuns. Essas são utilizadas 50 vezes. Além disso, a produção de roupas não polui apenas com emissão de carbono.

Para além, dos impactos gerados na produção, também existe o problema do descarte. Com um ciclo de vida tão curto, muitas peças vão parar precocemente em aterros sanitários e lixões.

A fibra têxtil mais empregada na moda é o poliéster, um plástico. E o poliéster demora em torno de 200 anos para se decompor.

Você gosta de dar uma renovada no guarda-roupa, às vezes? Quer mudar o look para se enquadrar nas tendências? Não quer mais usar aquela calça cujo modelo as pessoas não estão mais usando? Saiba que não está sozinho, sabemos bem que a indústria ainda é movida pela tendências. E nós como consumidores somos atingidos pela necessidade de se enquadrar na moda do momento.

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No entanto, podemos tomar alguns cuidados com o Fast Fashion. O primeiro deles é consumir de forma consciente, entendendo se é uma necessidade ou desejo. Em segundo pode-se optar por comprar de brechós, além de renovar seu guarda-roupa você contribui com a economia circular e com o consumo sustentável.

Caso queira dar aquela renovada no guarda-roupa opte por doar as peças que não quer mais, se não houver possibilidade de doar procure locais de descarte adequados. Existe ainda a possibilidade de reformar aquela peça parada no seu guarda-roupa, dando a ela uma nova roupagem, um novo formato.

Agora quero saber: como anda sua relação com a moda?

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