REPENSANDO MEU GUARDA-ROUPA: A MUDANÇA DE MINDSET QUE EU PRECISAVA


Foi no início do ano 2023 que tudo começou. Eu estava muito insatisfeita com algumas coisas em mim, e em um belo dia simplesmente olhei para meu guarda-roupa e analisei as peças, acessórios, calçados e bolsas que haviam ali, parecia que nada que estava ali me agradava mais.

Então, resolvi fazer uma análise daquilo que eu usava (e gostava, me identificava) daquilo que eu já não me identificava mais, e o que aconteceu foi uma redução significativa no meu guarda-roupa (de pelo menos 60% dele). Esse boom que tive em minha consciência influenciou minha mãe também. Na mesma proporção em que fiz uma avaliação do meu guarda-roupa, minha mãe fez a dela e também o reduziu significativamente (de pelo menos 70%). Mas com essa redução eu pude perceber o quanto havia me deixado levar por hábitos de consumo e gostos que não tinham nada a ver comigo.

A gente nunca faz uma avaliação quando se vai comprar alguma peça. Já reparou nisso? A gente não pensa em quanto aquela peça poderá ser funcional no nosso dia a dia, ou como ela pode ser combinada com outras peças (nos dando a oportunidade de criar mais de um look com ela), ou se realmente gostamos daquelas roupas que estamos adquirindo. Muitos de nós não pensam um minuto sequer antes de fazer uma compra.

Compramos muito mais por impulso do que por consciência. Porque, sejamos sinceros, se tivéssemos que olhar para nosso guarda-roupa hoje o quanto dele foi uma compra consciente? Talvez 20%, 30% dele teria sido uma compra consciente.

AVALIAR MEU GUARDA-ROUPA ME FEZ REDESCOBRIR MEU ESTILO

Confesso que até o ano passado se me perguntassem qual era meu estilo eu não saberia dizer. Apesar de ter feito muitas brincadeiras com a moda quando eu ainda era adolescente, na vida adulta as coisas mudaram. Entrar no mundo corporativo pode tirar um pouco da nossa criatividade, o que de fato aconteceu comigo (passando ainda pelo processo de recuperação dela). Como tenho saído bem menos então observei que não tinha tantas roupas funcionais que me davam prazer de usar e combinar.

E quando digo funcional me refiro ao fato de conseguir criar uma combinação ou mais com elas. Pensar nisso foi o princípio para começar a descobrir o que de fato gostava dentro do meu estilo, quais as composições, peças e formas de usa-las mais me deixavam bem.

Digo ainda que isso fez minha criança interior vibrar! Quase como se eu estivesse resgatando a juventude em que eu desenhava roupas e criava estilos. Na verdade, é um resgate criativo meu que pensei estar há muito tempo perdido.

Repensar o meu guarda-roupa, hábitos de consumo, o impacto da Moda de uma forma geral no meio ambiente, e tantas outras vertentes que venho estudando, fizeram meu mindset virar a chave (mais uma vez). Aos poucos venho enxergando e me tornando mais consciente.

Tudo aquilo que penso em adquirir, não só na moda, mas também na minha vida, é consciente, pensado e refletido sobre como posso usar e quanto tempo irá durar.

SUSTENTABILIDADE PARA ALÉM DA MODA

Quando digo que tudo o que adquiro hoje é pensado de forma consciente, não estava falando apenas do meu guarda-roupa. Isso leva em conta muitos outros hábitos meus: lugares em que vou, com quem vou, roupas e acessórios, livros, hábitos e comportamentos, etc. Tudo o que envolva consumo em minha vida tem sido (re)significado.

Ao reavaliar o meu guarda-roupa descobri que poderia reavaliar a minha vida como um todo - um processo que ocorreu durante o ano de 2023 e que tem muito chão para acontecer agora em 2024.

Você já pensou em reavaliar seu guarda-roupa também?

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3 Comentários

  1. Que demais, Karolini! Amei o post!
    É lindo ver esse momento de redescoberta de si, das coisas que gosta e faz sentido. Eu torço para que todo mundo chegue em um momento da vida que faça esse tipo de exercício... sempre acaba sendo benéfico.

    Nesse último ano eu parei muito pra pensar no meu estilo e vi que adoro essa ideia de versatilidade de usar tudo com tudo, mas vi que adoro sair do padrão de roupa "normal". Eu adoro tons terrosos, mas adoro colorido, estampas malucas, bordados originais, crochê e afins, tudo que consegue mostrar nossa essência.

    Está uma delícia acompanhar esses temas no teu blog!

    Abração!

    https://falacatarina.com/bardolino-no-lago-di-garda/

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  2. Oi Karolini, maravilhosa a sua reflexão. Eu tenho sentido isso também, que muita coisa no meu guarda-roupa não faz mais sentido ~ especialmente depois que eu virei mãe. Acho que, além dessas compras pouco pensadas, a gente muda mesmo de acordo com cada fase da nossa vida. Já doei MUITA coisa e acredito que ainda tenho muita coisa para tirar do armário. Eu só tenho um pequeno problema que é: de-tes-to comprar roupa. Hahaha! Sério, é quase um sofrimento para mim, mas sinto que se eu não me livrar das peças "ruins" do armário eu acabo ficando com preguiça de comprar novas e uso as que não fazem mais sentido mesmo... É um processo, mas aos poucos eu chego lá. Beijos!

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  3. Mulher, estou na mesma que você!

    No meu caso, eu sempre ganhei muitas roupas usadas, e fiz delas meu estilo, sabe? Nunca comprei muitas roupas (a não ser quando era algo específico e necessário), até porque nunca tive condições de arcar com isso.

    Hoje (ainda bem), tenho uma condição melhor, e pretendo mudar TODO o meu guarda roupa, porque não me enxergo mais nele. As roupas não fazem o meu estilo, não são funcionais pro meu dia a dia, e eu acabo usando sempre a mesma meia dúzia de peças, que são as únicas que me agradam.

    Comprei o ebook "Reconstruindo seu Guarda Roupa" da Thais Gama (foi com ela que fiz minha análise de coloração pessoal também) e ele é incrível pra analisar seu guarda roupa como um todo, descobrir seu estilo, e definir o que fica, o que sai, e o que entra de maneira super intencional.
    Na época que comprei e fiz o exercícios do livro, eu não tinha condições de comprar novas roupas, mas pra esse ano tenho essa meta: reler o livro e renovar todo meu guarda roupa de maneira intencional.

    Estante da Pipoca

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